Terceiro Ano A
Terceiro Ano A

 

 

REFERENCIAL CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA

 

QUARTO BIMESTRE

 

4º BIMESTRE

 

Brasil: República Nova (1985 aos dias atuais)

 

O Processo de Emancipação do Sul de Mato Grosso

         As peculiaridades do Norte e do Sul

        Movimento Divisionista

        Os Rumos Econômicos do Estado de Mato Grosso do Sul, Frente à Globalização.


AULA DO DIA 10 DE NOVEMBRO DE 2011

FONTE: http://www.geomundo.com.br/mato-grosso-do-sul-50123.htm

ATIVIDADE: LEIA COM ATENÇÃO O TEXTO ABAIXO E REGISTRE EM SEU CADERNO TRAÇOS DA CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL NO QUE DIZ RESPEITO AO FOLCLORE, COMIDAS TÍPICAS, TIPOS DE VESTIMENTAS, ARTESANATO, FESTAS POPULARES-RELIGIOSAS, DANÇAS, MÚSICAS E TIPOS REGIONAIS. EM SEGUIDA ELABORE UM TEXTO-RESUMO DE MÁXIMO 20 (VINTE) LINHAS.

Mato Grosso do Sul: cultura e folclore

 

          Mato Grosso do Sul, tendo seu território percorrido pelas correntes migratórias espanholas e portuguesas desde 1524 e, depois de oficializada a posse pela coroa portuguesa, sua situação geográfica de proximidade com as fronteiras do Paraguai e da Bolívia, oferece características histórico-culturais diferenciadas das demais regiões do país. Grande parte da superfície desse Estado é considerada a maior área inundável do continente americano - o Pantanal. Seus habitantes são pessoas simples e guardam em suas memórias, histórias que contam como se formou essa parte do continente, considerando que ali existia, há muitos anos, o mar de Xaraés. Encontram-se mitos como o Bicho Pé-de-garrafa, o Minhocão, o Mãozão, o Come-língua e outros, além de lendas como A tristeza do Tuiuiú, o João de Barro, o Guaraná, só para citar algumas. 

          A habitação folclórica mais comum é feita de paredes de palmeiras encontradas na região como o taquarussu e o bacuri, com cobertura de folhas de bacuri, carandá e sapé, equipada de forno de barro, fogão a lenha e jirau. 
 

          A culinária da região é saborosa, desde o arroz carreteiro até a chipa paraguaia, passando pelo sarrabulho, locro, churrasco com mandioca, farofa de banana da terra, carne seca ao sol frita, cozida ou assada, paçoca de carne seca, peixes como: pintado, dourado, pacu e outros, caldo de piranha (afrodisíaco), sopa paraguaia e saltenha boliviana.

          As bebidas indispensáveis são o guaraná ralado (estimulante), o tereré (mate frio ou gelado servido na guampa e sorvido através de uma bomba), além dos licores de pequi, jenipapo, leite e outros. A natureza se encarrega de fornecer os frutos com os quais as quituteiras preparam as sobremesas: doces de caju, goiaba, bocaiúva, carambola, furrundum (feito com mamão verde ralado e rapadura) e tantos outros.

          O artesanato regional pode ser visto e adquirido na Casa do Artesão de Campo Grande, mantida pela Secretaria de Cultura do Estado, ou em lojas comerciais de diversos municípios, como: Corumbá, Bonito, Rio Verde, Coxim, Miranda, Aquidauana, Dourados, Três Lagoas, só para citar alguns. O artesanato é composto por objetos confeccionados em fibras naturais como: salsaparrilha, taboca, urubamba, aguapé; em madeira da região como o jacarandá de Mato Grosso, principalmente em Três Lagoas e outras madeiras usadas na escultura como é o caso dos famosos bugrinhos, feitos inicialmente por Conceição dos Bugres e, posteriormente por membros de sua família; em tecelagem: faixas (que substituem os cintos), redes (em menor quantidade, ou sob encomendas).  Em argila o artesanato apresenta-se rico na representação da fauna pantaneira: figuras de inúmeros pássaros e todos os tipos de animais selvagens e domesticados. Uma das principais fontes produtoras desse artesanato é a Casa do Massa Barro, em Corumbá, porém nos demais municípios, artesãos independentes também produzem peças em argila, combinada com outros materiais como troncos de árvores, pedras e metal. Em Bonito encontram-se objetos confeccionados em pedra e mármore. Ao lado desse artesanato popular, da cultura folclórica, pode-se encontrar o artesanato da cultura indígena dos Cadiwéu, representado pela cerâmica em desenhos geometrizados coloridos, Terena, pela cerâmica de cor avermelhada, Caiwá pela arte plumária e outros.

          Das festas populares destacam-se as seguintes: São João de Corumbá, comemorada nesse município na noite de 23 de junho, à beira do rio Paraguai, para onde acorrem dezenas de andores do santo homenageado para ser banhado nas águas do rio. O Carnaval é festa animada em todos os municípios do Estado, recebendo destaque em Corumbá pelo desfile e premiação de fantasias nas diversas categorias.

          Outras festas religiosas podem ser encontradas como: São Benedito - uma tradição da comunidade negra, formada por descendentes de Tia Eva, na cidade de Campo Grande; Nossa Senhora de Caacupé - uma tradição paraguaia, mantida pelos seus descendentes e realizada em 8 de dezembro em municípios que concentram essas populações como: Campo Grande, Porto Murtinho e Ponta Porã; a Festa do Peixe em Coxim, realizada próximo ao dia 11 de outubro, que marca a divisão do Estado, apresentando concursos de pesca, comida tradicional e outros. 

          Com menor divulgação, porém guardando as características do folclore, pois as festas ocorrem em âmbito familiar, mas abertas ao público interessado, destacam-se a Festa dos Santos Reis em Aparecida do Taboado e região (a festa é realizada em fazendas)  e em Campo Grande nos bairros periféricos da cidade; a Festa do Divino, encontrada em Pontinha do Cocho, distrito de Camapuã, em Coxim e Miranda. Essas festas seguem o ciclo festivo do calendário religioso, sendo a primeira realizada no dia 6 de janeiro e a segunda, no dia de Pentecostes. Outras festas movimentam a vida dos habitantes sul-mato-grossenses: Bon-Odori - da colônia nipônica de Campo Grande, Santa Cruz em Miranda, além das festa dos Clubes de Laço  e festa do Peão em diversos municípios do Estado.

          As danças folclóricas encontradas em Mato Grosso do Sul foram incorporadas através da convivência com migrantes e imigrantes, principalmente vindos de: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, norte de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e, de forma muito acentuada, do Paraguai. As danças: Caranguejo, Engenho Novo, Engenho de Maromba, Revirão, Sarandi, representam a região do Bolsão (nordeste do Estado); Catira de Camapuã e Campo Grande; Chupim, Polca de Carão e a brincadeira do Toro Candil são comuns nos municípios de fronteira com o Paraguai e Polca, Rasqueado, Chamamé,   Xote, Mazurca e Vaneirão são apreciadas  em todo o Estado; o Cururu e o Siriri são danças que representam a região do Pantanal. 

          A indumentária que caracteriza o traje típico de Mato Grosso do Sul é composta, para os homens, por uma calça mais folgada (antes chamava-se colote e hoje é a calça comum, universal), camisa xadrez ou lisa, faixa de peão - listrada (em substituição ao cinto), botina, chapéu de palha ou lã, faca na bainha, ajustada sob a faixa (nas costas). Para as mulheres, o vestido rodado é de chita, com enfeites aplicados, decote discreto, porém pode ser um pouco mais ousado e mais colorido se representar o gosto das mulheres paraguaias. 





24-10-2011


 

CONTEÚDO DA PARTE DIVERSIFICADA:

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http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php


QUINTA-FEIRA, DIA 03 DE NOVEMBRO DE 2011

 

01. Sobre o desmembramento territorial do Estado de Mato Grosso é correto afirmar que:


a) Mato Grosso foi desmembrado de Minas Gerais no século XVIII.
b) Mato Grosso foi desmembrado de São Paulo no século XIX.
c) Rondônia foi à primeira parte de Mato Grosso a tornar-se Estado.
d) Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram criados durante o governo Vargas.
e) Mato Grosso do Sul foi a primeira parte de Mato Grosso a tornar-se Estado.

02. Durante o período de sua história republicana, Mato Grosso utilizou distintas vias de comunicação para a circulação de pessoas e mercadorias. Acerca do assunto assinale a alternativa INCORRETA:


a) A comunicação entre Cuiabá e Corumbá durante a Primeira República era feita por via fluvial.
b) A viagem entre o Rio de Janeiro e Cuiabá nas primeiras décadas do século XX durava em média 35 a 40 dias.
c) O crescimento e a ocupação da região sul do Estado, em boa medida, ocorreu em virtude da construção da ferrovia Noroeste.
d) A construção da ferrovia Madeira- Mamoré surgiu a partir de entendimentos diplomáticos mantidos com a Bolívia.
e) A melhoria das rodovias em Mato Grosso durante a Primeira República dotou o Estado de uma eficiente malha de comunicação interna.

03. Durante a Regência, o médico Sabino Vieira ficou exilado (degredado) em Mato Grosso, na fazenda Jacobina (Cáceres), cumprindo pena pelo crime de rebelião. Qual movimento político de que ele participou?
a) Cabanagem.
b) Sabinada.
c) Balaiada.
d) Marujada.
e) Rusga.


04. Com relação à Ferrovia na História de Mato Grosso, está CORRETO afirmar que:
a) antes das divisões territoriais (Rondônia e Mato Grosso do Sul), o estado possuía duas ferrovias: Madeira Mamoré e Noroeste.
b) antes das divisões territoriais (Rondônia e Mato Grosso do Sul), o estado possuía apenas uma ferrovia: Noroeste.
c) antes das divisões territoriais (Rondônia e Mato Grosso do Sul), o estado utilizava-se apenas da hidrovia do rio Paraguai.
d) até a década de sessenta, havia várias ferrovias em Mato Grosso, mas foram desativadas devido ao crescimento das rodovias.
e) a construção de ferrovias foi uma necessidade. Como sempre dependeu de força política, até hoje a ferrovia não chegou ao nosso estado


05. Com o fim da Guerra do Paraguai (1864-1870) e da abertura da navegação pelo rio Paraguai a Província de Mato Grosso entrou num novo ciclo econômico que:
a) caracterizou-se pela extração e exportação da borracha.
b) ficou marcado pelas Casas Comerciais e pelo estabelecimento de usinas de açúcar.
c) ficou marcado pela retomada da mineração e pelas casas comerciais.
d) ficou marcado pelas casas comerciais e pela plantação de seringais.
e) ficou marcado pela expansão da pecuária e pela retomada da mineração.


Pergunta 06:

O Centro-Oeste adquiriu novas características socioeconômicas e políticas, após 1930. A industrialização do Sudeste e a expansão dos meios de transporte possibilitaram a redefinição do papel da economia agrária do Estados de Goiás e Mato Grosso, na divisão regional do trabalho, ampliando sua inserção no mercado nacional. Assinale, a seguir, a(s) alternativa(s) que explicita(m) o processo de integração regional.

(  ) A ocupação do Centro-Oeste foi incrementada pela política do Governo Vargas, nos anos 40, quando se intensificou o movimento migratório para a região.

(  ) A maior integração econômica do Centro-Oeste à economia nacional, nos anos 30 e 40, resultou na imediata modernização da agropecuária regional.

(  ) A expansão da agropecuária regional possibilitou a expansão do setor secundário em Goiás e Mato Grosso.

(  ) A criação de colônias oficiais no Oeste brasileiro promoveu o desenvolvimento de uma estrutura agrária baseada na pequena propriedade da terra.

Divisão de Mato Grosso do Sul (I)

Fonte:  http://rmtonline.globo.com/hotsites/ms/MeuMS/historia.html

Criado em 1977 e implantado em 1979, Mato Grosso do Sul tem uma história marcada por movimentos políticos, sociais, econômicos e culturais.

Muito antes de sua afirmação como porção independente do gigante Mato Grosso, já nas primeiras décadas do século XX, a ligação com o estado de São Paulo pela antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) tornou as relações entre o Sul de Mato Grosso com Cuiabá cada vez menos relevantes no contexto da busca do desenvolvimento e dinamização da economia.

A história político-social e econômica nos remete, porém, um pouco antes, ao fim do século XIX, como conta a professora Alisolete Antônia dos Santos Weingärtner, chefe do Departamento de História da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).

Por volta do ano de 1889 políticos corumbaenses propuseram, por meio de manifesto público, a transferência da capital de Mato Grosso para Corumbá, iniciando aí o movimento divisionista que gradativamente foi se estabelecendo até culminar na criação de Mato Grosso do Sul a partir do desmembramento de MT.

Pode-se afirmar que as características sócio–econômicas, políticas e culturais permearam uma história de resistência, marcada desde os primeiros tempos de conquista espanhola, depois luso-brasileira. Em cada período histórico a resistência sul-mato-grossense aparece com uma conotação.

O movimento divisionista pode ser dividido em quatro grandes fases que acompanham a evolução histórica do Estado no período republicano.

Fases do Movimento Divisionista

A primeira fase, de 1889-1930, é marcada pela formação das oligarquias sul-mato-grossense que lutam pelo reconhecimento da posse da terra, fazendo oposição aos privilégios da Companhia Matte Laranjeira, que monopolizava a exploração da erva-mate, principal base da economia à época.

Inicialmente, o movimento divisionista não tem um plano, um programa político definido, os objetivos divisionistas quase sempre se confundiam com interesses pessoais do coronel. Percebe-se, neste período, que era elite, formada pelos fazendeiros que defendiam a ideia divisionista.

A partir de 1920, com a transferência do comando da Circunscrição Militar para Campo Grande, e o aumento do contingente militar no Sul de Mato Grosso, as oligarquias sulinas decepcionadas com as antigas alianças, aliam-se ao militares e adotam sugestões de outros movimentos vindos de fora do Estado como forma de fortalecer a causa local.

A este fator é somada a regularização das viagens ferroviárias que propiciaram a chegada de novos migrantes e a dinamização da economia sul-mato-grossense. Outro reflexo das viagens ferroviárias é a vinculação do sul de Mato Grosso com a economia paulista e o conseqüente desenvolvimento das cidades exportadoras de gado, particularmente Campo Grande, e a transferência do eixo econômico Cuiabá-Corumbá-Rio Paraguai para Campo Grande.

Esta transferência possibilita a formação de novas lideranças políticas ligadas ao comércio e a outras atividades profissionais e um crescimento demográfico na região sul-mato-grossense.

Esse quadro, de novos fatores de ordem sócio-econômica e política, traz significativas mudanças no movimento divisionista, o qual extrapola os ervais e atingem as cidades exportadoras de gado, particularmente Campo Grande. É o início da urbanização.

A segunda fase, de 1930-1945, é o período em que o movimento começa a organizar-se; as lutas armadas, gradativamente, são substituídas por pressões políticas junto ao governo federal. Em 1932, os sul-mato-grossenses aliam-se aos paulistas e lutam na Revolução Constitucionalista.

Neste confronto armado liderado por Bertoldo Klinger, comandante da Circunscrição Militar em Mato Grosso e Comandante-Geral das tropas rebeldes instaladas no sul de Mato Grosso num governo dissidente para o qual nomeia Vespasiano Martins. Após três meses de governo e de luta, os divisionistas e constitucionalistas são derrotados, e o novo Estado desaparece. Essa revolução serviu para divulgar a ideia divisionista e Campo Grande torna-se o centro político de difusão do movimento.

Dois anos depois, 1934, o Congresso Nacional reunia-se para elaborar uma nova Constituição. Jovens estudantes fundam a Liga Sul-Mato-Grossense que, inicialmente objetiva angariar apoio dos sul-mato-grossenses para o manifesto que seria encaminhado ao Presidente do Congresso Nacional Constituinte.

A Liga desencadeia a campanha divisionista no sul de Mato Grosso, coletando 13 mil assinaturas, com as quais visava sensibilizar o governo federal, particularmente os constituintes, para que eles, na elaboração da Constituição, aprovassem a divisão do Estado de Mato Grosso. Após a promulgação da Constituição, os divisionistas são derrotados e Getúlio Vargas adota a política nacionalista “Marcha para o Oeste”, a qual visava, entre outros objetivos, a segurança das fronteiras. Para isso mandou instalar novas unidades militares no Sul de Mato Grosso.

O aumento do contingente militar efetivou outros objetivos do governo que era a manutenção da ordem e progresso dessa região fronteiriça. Os divisionistas são envolvidos pela política de Vargas; a Companhia Matte Laranjeira adapta-se a essa política e altera sua estratégia em relação à unidade estadual. Ou seja, os ervais estavam devastados e também a política do Instituto Brasileiro do Matte, criado por Getúlio Vargas, não lhe favoreciam grandes lucros. Por isso ela permite que o governo estadual regularize as posses de terras dos moradores dos ervais, em troca de indenizações sobre os arrendamentos.

Território Federal - Colonização

Em 1943, Getúlio Vargas, em nome da segurança das fronteiras cria o Território de Ponta Porã, o qual deixa de fora, da nova unidade, Campo Grande a principal cidade divisionista. A criação do Território de Ponta Porã não atendeu aos interesses divisionistas, não satisfez a política da Companhia Matte Laranjeira e também não agradou ao governo estadual.

Nesse período, o Sul de Mato Grosso é marcado por grande prosperidade, mas sem poder, contudo, assegurar o equilíbrio das finanças estaduais. Percebe-se, nessa fase, que a política de Getúlio Vargas foi um dos obstáculos aos objetivos divisionistas. Percebe-se ainda, a formação de novas oligarquias e a Companhia Matte Laranjeira, gradativamente, retira-se dos ervais.

A terceira fase vai de 1945 a 1964. Após a deposição de Getúlio Vargas, o novo Presidente da República é o General Eurico Gaspar Dutra, que era mato-grossense de Cuiabá. Ele adota uma política de redemocratização do país, a qual reforça a política de integração nacional que incentiva a manutenção da unidade estadual. Em 1946, após a promulgação da Constituição, o governo federal extingue o Território de Ponta Porã reintegrando a região ao Estado de Mato Grosso. Apesar dessa política, os divisionistas, durante as reuniões da Assembléia Constituinte, reorganizam-se e tentam a transferência da capital de Cuiabá para Campo Grande.

As iniciativas divisionistas desse período são frustadas, em parte, devido a grande representatividade política dos sul-mato-grossenses nas esferas estadual e federal, e também, por causa da política de integração nacional do governo federal. Percebe-se que, nesse período, depois de várias reformulações em sua estrutura organizacional, a Companhia Matte Laranjeira mostra desinteresse em reflorestar os ervais, paradoxalmente estimula o governo estadual a regularizar as posses dos colonos.

A quarta fase é de 1964-1977. O golpe de 31 de março de 1964 põe fim a um período de democracia e inicia um regime militar autoritário. Os militares, buscando um maior controle dos problemas da sociedade, adotam a política do desenvolvimento com segurança, o que permitiu a criação de programas que facilitam o desenvolvimento de alguns Estados, entre eles Mato Grosso. Nesse período, os políticos divisionistas aproximam-se dos militares o que lhes permite tomar parte de algumas comissões que estudam (secretamente) as potencialidades políticas que impediam a divisão de Mato Grosso.

Após vários estudos, negociações, acordos políticos, o presidente Ernesto Geisel assina em 11 de outubro de 1977 a Lei Complementar nº 31 que cria o Estado de Mato Grosso do Sul.

 

História de MS: O Movimento Divisionista (II)

 

Fonte:http://www.geomundo.com.br/mato-grosso-do-sul-50116.htm

 

 

O estado de Mato Grosso do Sul, criado em 11 de outubro de 1977 através de Decreto-Lei assinado pelo Presidente Ernesto Geisel (de origem gaúcha), e implantado oficialmente em 1º de janeiro de 1979, possuía, à época da sua criação, 55 municípios e se constituía na porção mais rica e povoada do antigo estado de Mato Grosso.

Sua criação foi o ápice de um movimento surgido nos anos 30 do século XX e teve momentos críticos, como, por exemplo, a participação dos mato-grossenses da região nas lutas da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo, com o fito de obter deste estado, o apoio à causa divisionista.

O movimento divisionista foi conseqüência da influência político-econômica da empresa Companhia Mate Laranjeira, criada pelo gaúcho Thomaz Laranjeira para explorar os vastos ervais nativos existentes na região, documentados por ocasião da demarcação dos limites fronteiriços com o vizinho Paraguay, ao término da Guerra da Tríplice Aliança, também conhecida no Brasil como “Guerra do Paraguai”.

Contando com a anuência do Império que via na atuação da Cia Mate Laranjeira uma valiosa ferramenta de ocupação e afirmação de soberania brasileira na região, Thomaz Laranjeira praticamente constituiu um “Estado dentro de um Estado”. Sua empresa executava atribuições típicas de um Estado, como o policiamento, cobrança de taxas, emissão de autorizações, imposição de normas e regras de comportamento social, imposição da ordem pública e de proibições diversas.

O poder e a influência da Cia. Mate Laranjeira se estendia por praticamente todo o sul do estado de Mato Grosso, atingindo áreas do oeste de São Paulo e Paraná, além de áreas do Paraguay (em reconstrução após o final da guerra) e também grande poder e influência em setores econômicos de Buenos Aires, Argentina. Esse imenso poder incomodava os políticos e empresários regionais porque engessava qualquer iniciativa capitalista independente da anuência dos burocratas da Mate Laranjeira.

Muitos questionavam esse imenso poder, porém Thomaz Laranjeira possuía aliados no governo que impediam qualquer tentativa de prejudicá-lo.

Investidores que pretendiam adquirir ou ampliar terras, constituir empresas ou mesmo comercializar sua produção, esbarravam na burocracia, no pagamento de “taxas de passagem” (pedágio) e nos “capangas”, geralmente de origem paraguaia, que estavam à disposição da Cia. Mate Laranjeira.

Esse quadro, a distância da capital Cuiabá e o isolamento da região, despertou o sentimento divisionista na elite pensante que percebeu a situação de desvantagem diante do restante do estado e da capital; a renda gerada pela arrecadação de impostos e taxas era remetida à Cuiabá e não retornava na forma de investimentos na estrutura produtiva e no desenvolvimento sócio-econômico do sul.

Durante o período Vargas (1930-1945), os políticos e lideranças regionais tentaram junto ao governo central, por diversas vezes, a criação de um Estado, na área compreendida pela zona de influência da Cia. Mate Laranjeira, porém os seus esforços foram em vão, haja vista a intervenção política de Cuiabá. Por ocasião do movimento constitucionalista em São Paulo, os líderes regionais apoiaram os revolucionários paulistas com o intuito de conseguir o apoio destes à causa divisionista. Muitos jovens da região de Campo Grande, Ponta Porã e Dourados foram combater as tropas federalistas em território paulista, em apoio à Revolução Constitucionalista de 1932 (MMDC – Martins Miragaia, Dráusio e Camargo, estudantes paulistas mortos por efetivos federais e que serviu de estopim à revolução).

Neste período chegaram a criar o esboço de um estado, denominado “Estado de Maracajú”, tendo por capital a cidade de Campo Grande e como “governador”, o ex-prefeito de Campo Grande, o renomado médico Dr. Vespasiano Martins e instalando o palácio do governo no prédio da Maçonaria.

A capital, Cuiabá, rejeita a idéia de divisão, pois temia o esvaziamento econômico do Estado porque a região sul era a mais rica e povoada; os Estados vizinhos, temerosos de que ocorresse igual movimento divisionistas neles, apoiaram os políticos cuiabanos.

Com o término dos combates e a derrota dos revolucionários, os mato-grossenses retornaram para a sua terra e continuaram suas lides diárias; porém o ideal divisionista não tinha morrido e, vez por outra, renascia em inflamados discursos políticos locais. Para evitar o ressurgimento de embates políticos com possíveis combates, o governo federal criou o Território Federal de Ponta Porã, com governo militar.

O Estado de Maracajú concretizou, entre 11 de julho até fins de outubro de 1932, um anseio regional já manifestado desde o início do século XX: o Sul independente do Norte.

Com a redemocratização e com o passar dos anos e o crescimento econômico da região, os movimentos divisionistas se acalmaram.

Durante o governo de Ernesto Geisel surgiram novas vozes políticas que despertaram no Presidente da República o desejo de revisar os projetos de criação de um Estado federal ao sul de Mato Grosso. Após estudos técnicos e entendimentos com os políticos de Cuiabá, em 11 de outubro de 1977 o Presidente Ernesto Geisel assinou o Decreto-Lei nº 31, desmembrando Mato Grosso do Sul de Mato Grosso.

 


 

TERCEIRO BIMESTRE

 

Conflitos Mundiais

 Atividade: Desenvolva um texto de, no máximo 10 (dez) linhas, sobre os motivos que dão origem aos conflitos mundiais.

Revolução Chinesa

 

ATIVIDADE:

A Revolução Chinesa de 1949 resultou de amplo processo de consolidação das forças comunistas. Leia o texto a seguir sobre a Revolução Chinesa e responda, em seguida, às questões. A fundação da República Popular da China foi proclamada em Pequim pelos comunistas vitoriosos em 1 de Outubro de 1949. Nos finais da década de 1850, após alguns anos de transição para governar em e através dos centros urbanos, os comunistas haviam consolidado um Novo Regime. SKOCPOL, T. "Estados e Revoluções Sociais". Análise Comparativa da França, Rússia e China. Lisboa: Editorial Presença, 1985. p.277.

 
a) Que condições sociais e econômicas na China favoreceram a     Revolução Chinesa.
b) Indique uma característica do modelo econômico da China de hoje.

 

Guerra da Coréia

 

Atividade:

 

Elabore em seu caderno uma sequência de acontecimentos contendo datas e fatos da Guerra da Coréia.

 

 

 

 

 

Guerra do Vietnã

 

Oriente Médio

Guerra do Golfo

Conflitos Mundiais do Século XXI

       

        Índia

        África

        Ásia

        Europa

        América

        A Globalização e o Futuro da Economia Mundial