Segundo Ano A
Segundo Ano A

 

REFERENCIAL CURRICULAR DA EDUCAÇÃO BÁSICA

Rede Estadual de Ensino

ENSINO MÉDIO

HISTÓRIA

QUARTO BIMESTRE

 

 

AULA DO DIA 10 DE NOVEMBRO DE 2011

FONTE: http://www.geomundo.com.br/mato-grosso-do-sul-50123.htm

ATIVIDADE: LEIA COM ATENÇÃO O TEXTO ABAIXO E REGISTRE EM SEU CADERNO TRAÇOS DA CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL NO QUE DIZ RESPEITO AO FOLCLORE, COMIDAS TÍPICAS, TIPOS DE VESTIMENTAS, ARTESANATO, FESTAS POPULARES-RELIGIOSAS, DANÇAS, MÚSICAS E TIPOS REGIONAIS. EM SEGUIDA ELABORE UM TEXTO-RESUMO DE MÁXIMO 20 (VINTE) LINHAS.

Mato Grosso do Sul: cultura e folclore

 

          Mato Grosso do Sul, tendo seu território percorrido pelas correntes migratórias espanholas e portuguesas desde 1524 e, depois de oficializada a posse pela coroa portuguesa, sua situação geográfica de proximidade com as fronteiras do Paraguai e da Bolívia, oferece características histórico-culturais diferenciadas das demais regiões do país. Grande parte da superfície desse Estado é considerada a maior área inundável do continente americano - o Pantanal. Seus habitantes são pessoas simples e guardam em suas memórias, histórias que contam como se formou essa parte do continente, considerando que ali existia, há muitos anos, o mar de Xaraés. Encontram-se mitos como o Bicho Pé-de-garrafa, o Minhocão, o Mãozão, o Come-língua e outros, além de lendas como A tristeza do Tuiuiú, o João de Barro, o Guaraná, só para citar algumas. 

          A habitação folclórica mais comum é feita de paredes de palmeiras encontradas na região como o taquarussu e o bacuri, com cobertura de folhas de bacuri, carandá e sapé, equipada de forno de barro, fogão a lenha e jirau. 
 

          A culinária da região é saborosa, desde o arroz carreteiro até a chipa paraguaia, passando pelo sarrabulho, locro, churrasco com mandioca, farofa de banana da terra, carne seca ao sol frita, cozida ou assada, paçoca de carne seca, peixes como: pintado, dourado, pacu e outros, caldo de piranha (afrodisíaco), sopa paraguaia e saltenha boliviana.

          As bebidas indispensáveis são o guaraná ralado (estimulante), o tereré (mate frio ou gelado servido na guampa e sorvido através de uma bomba), além dos licores de pequi, jenipapo, leite e outros. A natureza se encarrega de fornecer os frutos com os quais as quituteiras preparam as sobremesas: doces de caju, goiaba, bocaiúva, carambola, furrundum (feito com mamão verde ralado e rapadura) e tantos outros.

          O artesanato regional pode ser visto e adquirido na Casa do Artesão de Campo Grande, mantida pela Secretaria de Cultura do Estado, ou em lojas comerciais de diversos municípios, como: Corumbá, Bonito, Rio Verde, Coxim, Miranda, Aquidauana, Dourados, Três Lagoas, só para citar alguns. O artesanato é composto por objetos confeccionados em fibras naturais como: salsaparrilha, taboca, urubamba, aguapé; em madeira da região como o jacarandá de Mato Grosso, principalmente em Três Lagoas e outras madeiras usadas na escultura como é o caso dos famosos bugrinhos, feitos inicialmente por Conceição dos Bugres e, posteriormente por membros de sua família; em tecelagem: faixas (que substituem os cintos), redes (em menor quantidade, ou sob encomendas).  Em argila o artesanato apresenta-se rico na representação da fauna pantaneira: figuras de inúmeros pássaros e todos os tipos de animais selvagens e domesticados. Uma das principais fontes produtoras desse artesanato é a Casa do Massa Barro, em Corumbá, porém nos demais municípios, artesãos independentes também produzem peças em argila, combinada com outros materiais como troncos de árvores, pedras e metal. Em Bonito encontram-se objetos confeccionados em pedra e mármore. Ao lado desse artesanato popular, da cultura folclórica, pode-se encontrar o artesanato da cultura indígena dos Cadiwéu, representado pela cerâmica em desenhos geometrizados coloridos, Terena, pela cerâmica de cor avermelhada, Caiwá pela arte plumária e outros.

          Das festas populares destacam-se as seguintes: São João de Corumbá, comemorada nesse município na noite de 23 de junho, à beira do rio Paraguai, para onde acorrem dezenas de andores do santo homenageado para ser banhado nas águas do rio. O Carnaval é festa animada em todos os municípios do Estado, recebendo destaque em Corumbá pelo desfile e premiação de fantasias nas diversas categorias.

          Outras festas religiosas podem ser encontradas como: São Benedito - uma tradição da comunidade negra, formada por descendentes de Tia Eva, na cidade de Campo Grande; Nossa Senhora de Caacupé - uma tradição paraguaia, mantida pelos seus descendentes e realizada em 8 de dezembro em municípios que concentram essas populações como: Campo Grande, Porto Murtinho e Ponta Porã; a Festa do Peixe em Coxim, realizada próximo ao dia 11 de outubro, que marca a divisão do Estado, apresentando concursos de pesca, comida tradicional e outros. 

          Com menor divulgação, porém guardando as características do folclore, pois as festas ocorrem em âmbito familiar, mas abertas ao público interessado, destacam-se a Festa dos Santos Reis em Aparecida do Taboado e região (a festa é realizada em fazendas)  e em Campo Grande nos bairros periféricos da cidade; a Festa do Divino, encontrada em Pontinha do Cocho, distrito de Camapuã, em Coxim e Miranda. Essas festas seguem o ciclo festivo do calendário religioso, sendo a primeira realizada no dia 6 de janeiro e a segunda, no dia de Pentecostes. Outras festas movimentam a vida dos habitantes sul-mato-grossenses: Bon-Odori - da colônia nipônica de Campo Grande, Santa Cruz em Miranda, além das festa dos Clubes de Laço  e festa do Peão em diversos municípios do Estado.

          As danças folclóricas encontradas em Mato Grosso do Sul foram incorporadas através da convivência com migrantes e imigrantes, principalmente vindos de: São Paulo, Minas Gerais, Goiás, norte de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e, de forma muito acentuada, do Paraguai. As danças: Caranguejo, Engenho Novo, Engenho de Maromba, Revirão, Sarandi, representam a região do Bolsão (nordeste do Estado); Catira de Camapuã e Campo Grande; Chupim, Polca de Carão e a brincadeira do Toro Candil são comuns nos municípios de fronteira com o Paraguai e Polca, Rasqueado, Chamamé,   Xote, Mazurca e Vaneirão são apreciadas  em todo o Estado; o Cururu e o Siriri são danças que representam a região do Pantanal. 

          A indumentária que caracteriza o traje típico de Mato Grosso do Sul é composta, para os homens, por uma calça mais folgada (antes chamava-se colote e hoje é a calça comum, universal), camisa xadrez ou lisa, faixa de peão - listrada (em substituição ao cinto), botina, chapéu de palha ou lã, faca na bainha, ajustada sob a faixa (nas costas). Para as mulheres, o vestido rodado é de chita, com enfeites aplicados, decote discreto, porém pode ser um pouco mais ousado e mais colorido se representar o gosto das mulheres paraguaias. 




Crise do Sistema Colonial

Política e Economia Mercantilista

Processo de Independência dos EUA

Constituição de 1787

Independência do Haiti

Independência das Colônias espanholas

Revolta na Colônia Brasileira

Conjuração Baiana

Conjuração Mineira

 

 

A Corte Portuguesa no Brasil

         Brasil: do Primeiro Reinado à Independência

 

24-10-2011 


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Crise do Sistema Colonial

Política e Economia Mercantilista

Processo de Independência dos EUA

Constituição de 1787

Independência do Haiti

Independência das Colônias espanholas

Revolta na Colônia Brasileira

Conjuração Baiana

Conjuração Mineira

 

A Corte Portuguesa no Brasil

         Brasil: do Primeiro Reinado à Independência

 

AULA PROGRAMADA PARA O DIA: 10 de Novembro de 2011

 

 

A INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

 

I - Causas da Independência: Após um século do início do processo de colonização, a terra passa a ganhar um valor ainda maior para os diversos núcleos coloniais. A implantação da colônia de exploração no Sul causou o desaparecimento dos pequenos proprietários, os quais passaram a tentar uma ocupação das terras do interior. No Centro e no Norte, a burguesia colonial, enriquecida com o comércio triangular, também tentou esta expansão como forma de garantir sua posição de camada dominante, por meio do domínio da propriedade fundiária.

“As colônias inglesas da América do Norte eram bem diferentes da maioria das colônias existentes no mundo. Apesar de estarem divididas, as 13 colônias inglesas (Carolina do Norte; Carolina do Sul; Connecticut; Delaware; Estado de Nova Iorque; Estado de Nova Jérsei; Geórgia; Ilha de Rodes; Marilândia; Massachusetts; Nova Hampshire; Pennsylvânia; Virgínia), de um modo geral, tinham certa autonomia em relação a metrópole. As colônias do Norte eram típicas de povoamento, utilizando mão-de-obra assalariada, tendo liberdade de comercializar seus produtos, já que não havia nenhum interesse da coroa inglesa em explorar tal região em virtude de terem as mesmas condições climáticas da metrópole. Com isso, qualquer produto cultivado naquele local também poderia ser cultivado e produzido na Inglaterra. As colônias do Sul, consideradas de exploração, utilizavam mão-de-obra escrava, visavam o mercado externo e tinham uma relação comercial mais estreita com a metrópole. Mesmo assim, não havia um controle tão rígido da Inglaterra com relação a essas colônias de exploração, do sul, como geralmente existe. O "Pacto Colonial" existia somente na teoria visto que a Inglaterra já se sentia satisfeita em ter relação comercial com o sul, consumindo os produtos tropicais, sem se preocupar em impor às 13 colônias, o cumprimento do "Pacto", no qual elas deveriam consumir produtos manufaturados somente da sua metrópole. As colônias localizadas ao centro, tinham características variadas, sofrendo influência tanto das colônias do Norte, quanto das do Sul. Como podemos perceber, durante muito tempo, a Inglaterra era bastante negligente com relação às suas colônias na América do Norte, permitindo que os colonos cuidassem de si próprios, sem seguir regras impostas pela metrópole, visto que não havia muito interesse econômico nessa região.”

(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Treze_Col%C3%B4nias)

 

As pretensões expansionistas dos colonos ingleses esbarravam em dois grandes problemas, um de origem natural (os Montes Apalaches e o Vale do Ohio) e o outro de origem bélica, uma vez que a região era fortemente defendida pelos colonos franceses e pelo exército metropolitano. Sendo assim, a acirrada disputa entre França e Inglaterra pela liderança do comércio ultramarino e do império colonial culminou com a Guerra dos Sete Anos (1756) - um dos fatores responsáveis pela independência das treze colônias.

A vitória inglesa na guerra deu à Inglaterra o direito de se apossar de uma boa parte do império colonial francês, como o Vale do Ohio e Quebec, em 1759, e Montreal, em 1760. O conflito só termina em 1763, com a assinatura do Tratado de Paris. Embora vencedora, a Inglaterra entrou em crise devido ao esgotamento do tesouro com os gastos militares e, para reequilibrar seu orçamento, a monarquia inglesa iniciou um processo de criação de pesados impostos que visavam paulatinamente à implantação do exclusivismo metropolitano, principalmente após os grandes lucros que os comerciantes americanos tiveram com o fornecimento logístico para ambos os exércitos, além do aumento do comércio com os colonos franceses no Canadá e nas Antilhas.

Dentre as medidas repressoras que o rei Jorge III da Inglaterra impôs às colônias na América do Norte, destacam-se:

·         A Linha da Proclamação Régia(1763) proibia a penetração dos colonos nos territórios recém conquistados do Oeste para garantir o monopólio da venda das áreas à coroa;

·         A Lei do Açúcar(1764), que era a taxação sobre a importação de produtos que não viessem das Antilhas britânicas;

·         A Lei do Selo(1765), que obrigava o uso de selos em qualquer documento legal, jornais, contratos ou comprovantes de transação comercial; A Lei do Chá (1773), que era a obrigatoriedade de envio do chá oriental diretamente para a América, com a eliminação dos intermediários coloniais.

·         As Leis Intoleráveis (1774), que causariam a interdição do porto de Boston até o ressarcimento dos prejuízos da Companhia das Índias Orientais e a nomeação do governador de Massachusetts pela coroa com amplos poderes.

Com essas medidas coercitivas, a Inglaterra pretendia proibir a instalação de indústrias coloniais, além de impedir a concorrência comercial, realizada principalmente pelo contrabando. Queria-se assegurar também o mercado consumidor interno. A fim de garantir o cumprimento dessas leis, instalou-se nas colônias um aparato repressor, por meio de milícias e de órgãos burocráticos fiscalizadores.

A reação colonial veio em forma de boicotes aos artigos britânicos e de episódios violentos como a chamada Festa do Chá de Boston. Porém, não impediu os prejuízos - principalmente nas colônias do Norte e Centro. A elite burguesa foi atingida pelo aumento dos impostos e das restrições comerciais; e os pequenos e médios proprietários, pela impossibilidade de adquirir novas terras.

 

 

 

 

 

LEIA O TEXTO E RESPONDA (NO CADERNO) AS SEGUINTES ATIVIDADES:

 

 

I – Relacione o nome das treze colônias americanas no início do período colonial.

II – Escreva um texto resumido diferenciando as características das colônias do Norte do Sul e do Centro.

III – O que foi a Guerra dos Sete anos?

IV – Qual país saiu vitorioso na Guerra dos sete anos e qual a relação existente entre ela e a Independência dos EUA?

      V – Qual a relação existente entre a Festa do Chá de Boston e as medidas repressoras (A Linha da Proclamação Régia;A Lei do Açúcar; A Lei do Selo; As Leis Intoleráveis).

 

 

 AULA PLANEJADA PARA QUINTA-FEIRA. DIA 06/10/2011.

 

A CRISE DO SISTEMA COLONIAL

I – Movimentos Nativistas: No Brasil, as primeiras manifestações resultantes da exploração colonial ocorreram na segunda metade do século XVII, com a Restauração (1640) e a conseqüente política restritiva metropolitana. Após a dominação espanhola, o Estado português passou a ver o Brasil como a tábua de salvação para a profunda crise econômica em que se encontrava mergulhado. Como colônia de maior valor econômico, o Brasil começou a ser sistematicamente explorado, o que acabou gerando descontentamento por toda parte. A revolta de Beckman (1684), no Maranhão, deu início a uma cadeia de revoltas. Entretanto, esta e outras guerras (dos Mascates, em Pernambuco, e a revolta de Vila Rica) apresentavam um caráter reformista. Não eram revoltas que contestavam o pacto colonial, nem defendiam ainda a independência. Os revoltosos limitaram-se a pedir um abrandamento da política opressiva da metrópole. Somente na segunda metade do século XVIII, as rebeliões coloniais atingiram dimensões mais profundas, ao questionar a própria dominação metropolitana na colônia.

II – Movimentos de Libertação Colonial: Minas Gerais era o centro econômico e intelectual da colônia no século XVIII. Talvez isso explique o fato de ter sido em Vila Rica, a capital da capitania, que tenha ocorrido o primeiro movimento de libertação colonial, a Inconfidência Mineira. Em Vila Rica, a opressão tributária se fazia mais clamorosa, onerando a população e agravando as condições econômicas da capitania. A intelectualidade se congregava na Arcádia Mineira, cujos principais membros foram os poetas Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga, Alvarenga Peixoto e outros. Na preparação da Inconfidência, uniram-se elementos das classes médias urbanas de Minas Gerais: padres, militares, estudantes, poetas e alguns proprietários de terras. Entre esses homens poderosos, ricos e influentes, destacou-se um homem de condição socioeconômica humilde, o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. A insatisfação pessoal de Tiradentes e seu sonho de glória levaram-no a assumir publicamente o descontentamento e a contestar a dominação portuguesa. Tais idéias foram absorvidas pela rica elite de mineradores e proprietários rurais de Minas Gerais, e dessa rica elite plutocrática saíram os principais líderes da Inconfidência.

        Entretanto, a problemática de maior relevância social – a escravidão - não foi levada em consideração. Alguns inconfidentes chegaram a lançar a hipótese de libertar os escravos, mas isso se chocava com os interesses de muitos deles, ricos proprietários e donos de escravos. A idéia foi rejeitada. Essa postura ideológica dos inconfidentes deixou claros os limites que a sociedade escravocrata impunha ao liberalismo. A abolição da escravidão não podia ser adotada por uma elite que marginalizava as camadas populares e que estava liderando um movimento em prol dela própria. E, de fato, podemos afirmar que a Inconfidência Mineira foi um movimento da elite para a elite. Mais uma vez, a massa ficou marginalizada no processo. Apesar do seu insucesso, a inconfidência deve ser destacada devido ao seu projeto político. Pela primeira vez, o pacto colonial era posto em xeque. Existia um programa de organização política para o período posterior ao rompimento com a metrópole. Esse programa foi inspirado na filosofia iluminista, cujo agente no Brasil parece ter sido Álvares Maciel que, em seus contatos na França, acabou ligando-se à maçonaria, foco criação e irradiação do Iluminismo. Assim, os inconfidentes pregavam o estabelecimento da República, o desenvolvimento da manufatura e a criação de uma universidade em São João del Rei. A derrama foi o pretexto para o movimento. Entretanto, ela foi suspensa em virtude da delação de Joaquim Silvério dos Reis. Tiradentes foi a única vítima, condenado à morte na forca e a posterior esquartejamento. Em 1798, precisamente dez anos antes da chegada da Família Real ao Brasil, a Bahia foi palco de mais um movimento em prol da libertação colonial; a Conjuração Baiana, também chamada Conjuração dos Alfaiates. Devemos estabelecer, inicialmente, distinções entre a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana. A Inconfidência Mineira foi um movimento eminentemente político, influenciado principalmente pelo movimento de independência norte-americano baseado no iluminismo e liderado pela elite endinheirada e intelectual. Um elemento estava vinculado ao outro, pois foi a atitude metropolitana que levou a colônia a tomar consciência de sua situação. A emancipação política, objeto do movimento mineiro, já fazia parte do universo do “colonizado”. As inconfidências foram manifestações concretas das contradições geradas pela crise do sistema colonial. No movimento baiano, notou-se uma radicalização maior: a luta pela liberdade apresentou um projeto político inspirado na Revolução Francesa, na fase orientada pela liderança jacobina. Em 1797, assistiu-se à fundação da primeira sociedade secreta no Brasil, de inspiração maçônica francesa: os Cavaleiros da Luz. Os membros dessa entidade constituíam a intelectualidade baiana: padre Agostinho Gomes, Cipriano Barata, Francisco Munis Barreto e Hermógenes Pantoja. Foram traduzidos textos iluministas de Voltaire e de Rousseau, propagando os ideais revolucionários da França. A circulação de panfletos iniciou a conjuração, que pregava a emancipação sob o nome de República Baianense. O povo foi convidado a participar do movimento. A repressão não se fez esperar e o governador da Bahia, Fernando José de Portugal, prendeu os implicados: Luiz Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas (mulato), ambos do Exército e alfaiates; João de Deus e Manuel Faustino (mulatos). Indivíduos da camada superior também tomaram parte do movimento, como é o caso dos Cavaleiros da Luz, mas só os das camadas populares - escravos, artesãos, soldados -, quase todos mestiços, foram condenados à forca. Os demais, homens da intelectualidade de projeção social, foram poupados. Mais uma vez, Portugal matava implacavelmente os rebeldes de baixa condição social, mas não conseguiu matar as idéias liberais emancipacionistas.

 

APÓS ATENTA LEITURA DO TEXTO DE APOIO RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES DISSERTATIVAS:

 

Atividade 01 - O que foi a derrama?

 

Atividade 02 - Cite as medidas tomadas pela Coroa portuguesa para garantir que a parte do Rei, no ouro extraído, não fosse contrabandeada.

 

Atividade 03 - O que defendiam as revoltas que foram inseridas entre os movimentos nativistas?


 

Ø  AGORA, RESPONDA O QUE AS QUESTÕES OBJETIVAS ESTÃO PEDINDO.

 

I - Assinale a incorreta.

 

O ciclo da mineração tem aspectos positivos, entre os quais se pode contar:

 

a) a intensa entrada de imigrantes, que, apesar do seu baixo nível cultural, possibilitaram a ocupação de territórios até então despovoados, notadamente no interior da colônia.

b) a formação dos primeiros núcleos urbanos no interior, embora muito isolados pela falta de comunicações.

c) a intensificação do comércio interno, principalmente da economia pecuarista, alargando as fronteiras econômicas.

d) o deslocamento da sede do governo colonial para a cidade de Vila Rica.

 

II - A Guerra dos Emboabas e a Revolta de Felipe dos Santos, no século XVIII, foram movimentos relacionados com a (s):

 

a) cana-de-açúcar.

b) vinda de escravos.

c) cultura do café.

d) economia do II reinado.

e) questões da mineração.

 

III - Assinale a alternativa incorreta:

 

a) A economia açucareira entra em declínio acentuado no século XVIII, tendo-se em vista, dentre outros fatores, a concorrência do açúcar antilhano.

b) Com a exploração do ouro brasileiro, Portugal torna-se a mais importante nação européia, chegando às portas da Revolução Industrial.

c) A descoberta do ouro deslocou o eixo econômico-social da colônia, do Nordeste para o Centro-Sul.

d) Os paulistas tiveram atuação relevante na descoberta do ouro brasileiro pelo conhecimento dos caminhos e pela experiência nas bandeiras.

 

IV - Quando estabelecemos uma comparação entre as inconfidências mineira e baiana, podemos perceber que:

 

a) Com efeito, dizer que alguém à época pensasse exatamente em independência, não passa de um erro da historiografia oficial.

b) por causa de João de Deus, a Baiana era mais aceita pelo clero, sempre apoiando movimentos urbanos.

c) a Mineira possuía um caráter mais elitista e intelectual que a Baiana, mais popular e com a participação de alforriados e indivíduos de origem humilde.

d) O preparo militar foi conjunto e apenas não conseguiram sucesso porque um grupo delatou o outro.


(OBS: DE PREFERÊNCIA FAZER UMA CÓPIA PARA ALTERAR O DOCUMENTO - RESPONDER) GRATO. FELIZ DIA DAS CRIANÇAS!



3º BIMESTRE

Revoluções Burguesas

 

Revolução Inglesa

 

A crise do absolutismo

 

Revolução Industrial

         Consolidação do capitalismo

        Questões Sociais

        Transformações no Mundo do Trabalho

 

Revolução Francesa

         A Ideologia

        Aspectos Econômicos, Políticos, e Sociais da Revolução

        Era Napoleônica

        Políticas, Economia e Sociedade


Entende-se por Revoluções Burguesas os processos históricos que consolidam o poder econômico da burguesia, bem como sua ascensão ao poder político.

Ao longo dos séculos XVII e XVIII a burguesia se demonstrará como uma classe social revolucionária, destruindo a ordem feudal, consolidando o capitalismo e transformando o Estado para atender seus interesses.

As chamadas Revoluções Burguesas foram: as Revoluções Inglesas do século XVII ( Puritana e Gloriosa ), a Independência dos EUA, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Nesta aula iremos tratar das Revoluções Inglesas e da Revolução Francesa

As Revoluções Inglesas

No decorrer dos séculos XVI e XVII, a burguesia desenvolveu-se, graças a ampliação da produção de mercadorias e das práticas do mercantilismo - que auxiliaram no processo de acumulação de capitais.

No entanto, a partir de um certo desenvolvimento das chamadas forças produtivas, a intervenção do Estado Absolutista nos assuntos econômicos passaram a se constituir em um obstáculo para o pleno desenvolvimento do capitalismo. A burguesia passa a defender a liberdade comercial e a criticar o Absolutismo.

O absolutismo inglês desenvolveu-se sob duas dinastias, a dinastia Tudor e a dinastia Stuart. Durante a dinastia Tudor houve um grande desenvolvimento econômico inglês- principalmente no reinado da rainha Elizabeth I: consolidação do anglicanismo; adoção das práticas mercantilistas; início da colonização da América do Norte e o processo da política dos cercamentos, para ampliar as áreas de pastagens e a produção de lã. Assim, a burguesia inglesa vinha enriquecendo rapidamente, ampliando cada vez mais seus negócios e dominado a economia inglesa.

Além deste intenso desenvolvimento econômico a Inglaterra dos séculos XVI e XVII apresentava uma outra característica: os intensos conflitos religiosos.

A religião oficial, adotada pelo Estado era o anglicanismo, existiam outras correntes religiosas: os protestantes ( calvinistas, luteranos e presbiterianos ), chamados de modo geral, de puritanos. Havia ainda católicos no país. A monarquia inglesa - anglicana - perseguia católicos e puritanos, gerando os conflitos religiosos.

GRUPOS RELIGIOSOS E POSIÇÕES POLÍTICAS

Os católicos a partir da Reforma Anglicana passam a deixar de ter importância na economia inglesa;

Os calvinistas -grupo mais numeroso -eram compostos por pequenos proprietários e pelas camadas populares. O espírito calvinista, da poupança e do trabalho refletia os interesses da burguesia inglesa.

OS CONFLITOS ENTRE MONARQUIA E PARLAMENTO

No século XVII, o Parlamento inglês contava com um grande número de puritanos- que representavam os interesses da burguesia- e não aceitavam mais a interferência do Estado Absolutista. Com a morte de Elizabeth I, o trono inglês fica com os Stuarts. Foi durante esta dinastia que ocorreram as Revoluções Inglesas.

A DINASTIA STUART

Jaime I ( 1603/1625) -uniu a Inglaterra à Escócia, sua terra natal, desencadeando a insatisfação da burguesia e do Parlamento, que o consideravam estrangeiro. Realizou uma intensa perseguição a católicos e puritanos calvinistas. Foi em virtude desta perseguição que muitos puritanos dirigiram-se ao Novo Mundo, dando início à colonização da América inglesa -fundação da Nova Inglaterra, uma colônia de povoamento.


Carlos I ( 1625/1648) - sucessor de Jaime I e procurou reforçar o absolutismo, estabelecendo novos impostos sem a aprovação do Parlamento. Em 1628 o Parlamento impôs ao rei a "Petição dos Direitos",que limitava os poderes monárquicos: problemas relativos a impostos, prisões e convocações do Exército seriam atos ilegais, sem a aprovação do Parlamento. No ano de 1629, Carlos I dissolveu o Parlamento e governou sem ele por onze anos.

Em 1640, Carlos I teve que convocar novamente o Parlamento ­necessidade de novos impostos, negados pelo Parlamento. Diante da negação, Carlos I procura novamente dissolver o Parlamento, desencadeando uma violenta guerra civil na Inglaterra.

Revolução Puritana

A guerra civil mostrou dois lados da sociedade inglesa, de um lado estava o partido dos Cavaleiros, que apoiavam o rei: a nobreza proprietária de terras, os católicos e os anglicanos; de outro estava os Cabeças Redondas ( pois não usavam cabeleiras compridas como os nobres) partidários do Parlamento.

As forças do Parlamento, organizadas em um exército de rebeldes, eram lideradas por Oliver Cromwell. Após uma intensa guerra civil ( 1641/1649), os Cabeças Redondas derrotaram os Cavaleiros- aprisionando e decapitando o rei, Carlos I, em 1649. Após a morte de Carlos I foi estabelecida uma república na Inglaterra, período denominado "Commonwealth".

A revolução puritana marca, pela primeira vez, a execução de um monarca por ordem do Parlamento, colocando em xeque o princípio político da origem divina do poder do rei- influenciando os filósofos do século XVIII ( Iluminismo).

REPÚBLICA PURITANA ( 1649/1658)

Período marcado por intolerância e rigidez de Oliver Cromwell. Este dissolveu o Parlamento em 1653 e iniciou uma ditadura pessoal, assumindo o título de Lorde Protetor da República.

Em 1651 foi decretado os Atos de Navegações, que protegiam os mercadores ingleses e provocaram o enfraquecimento comercial da Holanda. Com este ato a Inglaterra passa a ter o domínio do comércio marítimo.

Oliver Cromwell, sob o pretexto de punir um massacre que católicos irlandeses tinham realizado contra os protestantes, invadiu a Irlanda, promovendo a morte de milhares de irlandeses, originando um profundo conflito entre Irlanda e Inglaterra, que perdura ainda hoje.
Após a morte do Lorde Protetor (1658), inicia-se um período de instabilidade política até o ano de 1660, quando o Parlamento resolveu restaurar a monarquia.

A Restauração e a Revolução Gloriosa.

Carlos II ( 1660/1685) -filho de Carlos I, que no ano de 1683 dissolveu o Parlamento. Em seu reinado, o Parlamento dividiu-se em dois partidos: Whig, composto pela burguesia liberal e adeptos de um governo controlado pelo Parlamento e Tory, formado pelos conservadores e adeptos do absolutismo.

Jaime II ( 1685/1688) - Era católico e com a morte de Carlos II assumiu o poder e procurou restaurar o absolutismo monárquico, tendo oposição dos Whigs. No ano de 1688, há o nascimento de um herdeiro ­filho de um segundo casamento com uma católica. Temendo a sucessão de um governante católico, Whigs ( puritanos ) e Torys ( anglicanos), aliaram-se contra Jaime II, oferecendo o trono a Guilherme de Orange, protestante e casado com Maria Stuart - filha do primeiro casamento de Jaime com uma protestante.

Guilherme só foi proclamado rei quando aceitou a Declaração dos Direitos ( Bill of Rights ),que limitava os poderes do rei e estabelecia a superioridade do Parlamento. Determinou-se também a criação de um exército permanente, a garantia da liberdade de imprensa e liberdade individual e proteção à propriedade privada.

A Revolução Gloriosa foi um complemento da Revolução Puritana, garantindo a supremacia da burguesia, através do controle do Parlamento. Também garantiu o fim do absolutismo monárquico na Inglaterra e o surgimento do primeiro Estado burguês, sob a forma de uma monarquia parlamentar.

ESCOLA ESTADUAL _______________ HISTÓRIA – PROFº EDMAR BORGES

NOME:______________ Nº______ DATA: ___/___/_____ TURMA: ______

AVALIAÇÃO DO CONTEÚDO “As Revoluções Inglesas do Século XVII”

(RELACIONE OS TERMOS COM SEUS RESPECTIVOS CONCEITOS COLOCANDO A LETRA CORRESPONDENTE DENTRO DOS PARÊNTESES).

 

(  )-É CONSIDERADO UM DOS DRAMATURGOS MAIS FAMOSOS DO SÉCULO XIII (INGLATERRA), AUTOR DE DIVERSAS OBRAS DE TEATRO, POESIAS E SONETOS, TAIS COMO: Romeu E Julieta;

(  )-DOCUMENTO QUE OS NOBRES INGLESES OBRIGARAM O REI A ASSINAR ONDE LIMITAVA OS PODERES DA COROA;

( )-ASSEMBLÉIA, CONGRESSO OU CÂMARA CONSTITUÍDA POR REPRESENTANTES ELEITOS PELOS CIDADÃOS;

( )-INTENSO CONFLITO OCORRIDO DE 1455 A 1485 ENTRE FAMÍLIAS NOBRES RIVAIS NA DISPUTA PELA POSSE DA COROA INGLESA;

(  )-PODEROSA FAMÍLIA INGLESA QUE SUBIU AO TRONO APÓS A GUERRA DAS DUAS ROSAS;

( )-MEDIDA TOMADA PELO REI INGLÊS HENRIQUE VIII QUE ROMPEU COM A IGREJA COTÓLICA E FEZ COM QUE O PARLAMENTO O PROCLAMASSE CHEFE SUPREMO DA IGREJA INGLESA, CONHECIDA COMO IGREJA ANGLICANA;

( )-REI INGLÊS RESPONSÁVEL PELO ROMPIMENTO COM A IGREJA CATÓLICA;

( )-RAINHA INGLESA QUE SEGUINDO OS PASSOS DO PAI FEZ DE TUDO PARA FORTALECER O PODER REAL E DESENNVOLVER O COMÉRCIO E A INDÚSTRIA NAVAL DA INGLATERRA;

( )-FORMA DE GOVERNO INSTITUÍDO NA INGLATERRA ONDE O REI TEM EM SUAS MÃOS TODOS OS PODERES DO ESTADO;

( )-RAINHA INGLESA QUE FOI A PRIMEIRA ESPOSA DE HENRIQUE VIII, TEVE O SEU CASAMENTO ANULADO PORQUE O REI QUERIA UM HERDEIRO DO SEXO MASCULINO PARA O TRONO;

(    )-REI DA ESPANHA CATÓLICA NA ÉPOCA;

(  )-REI INGLÊS QUE SUBIU AO TRONO APÓS A GUERRA DAS DUAS ROSAS. FUNDADOR DA DISNASTIA TUDOR;

( )-LEI QUE DETERMINAVA QUE AS PROPRIEDADES FOSSEM CERCADAS E OS PRODUTOTES DE LÃ TOMAVAM AS TERRAS DOS CAMPONESES E SUBSTITUÍAM A ATIVIDADE AGRÍCOLA PELA CRIAÇÃO DE OVELHAS;

( )-REI INGLÊS EXECUTADO POR OLIVER CROMWELL LOGO APÓS A REVOLUÇÃO PURITANA DE 1642;

( )-EPISÓDIO OCORRIDO EM 1688 ONDE O PARLAMENTO, APOIADO PELOS COMERCIANTES FINANCISTAS E PROPRIETÁRIOS RURAIS, DEPÔS JAIME II E COLOCOU NO TRONO SEU GENRO GUILHERME DE ORANGE, UM HOLANDÊS PROTESTANTE;

(  )-REI INGLÊS DEPOSTO APÓS A REVOLUÇÃO GLORIOSA, SUBSTITUÍDO PELO SEU GENRO GHILHERME DE ORANGE, UM HOLANDÊS PROTESTANTE.

 

(  )-MEDIDA TOMADA POR OLIVER CROMWELL LOGO APÓS A SUA VITÓRIA NA REVLUÇÃO PURITANA DETERMINANDO QUE MERCADORIAS NEGOCIADAS COM A INGLATERRA SÓ PODERIAM SER TRANSPORTADAS  POR NAVIOS INGLESES OU DOS PAÍSES PRODUTORES;

( )-CONFLITO (Guerra Civil) OCORRIDO NA INGLATERRA EM 1642. DE UM LADO O EXÉRCITO DO REI E DO OUTRO O EXÉRCITO DO PARLAMENTO COMANDADO PELO PURITANO OLIVER CROMWELL QUE VENCE, PRENDE, JULGA E EXECUTA O REI CARLOS I;

( )-LÍDER DO EXÉRCITO DO PARLAMENTO, QUE, DURANTE A REVOLUÇÃO GLORIOSA IMPLANTOU ATO DE NAVEGAÇÃO;

 


 

 

A - Ato de Supremacia;

B - Atos de navegação;

C - Parlamento;

D - Dinastia Tudor;

E - Magna Carta;

F - William Shakespeare;

G - Oliver Cromwell;

H - Revolução Gloriosa

I - Absolutismo;

J - Jaime II;

K - Ato de Supremacia;

L - Lei de Cercamentos

M - Catarina de Aragão;

N - Revolução Puritana;

O - Henrique VIII;

P - Carlos I;

Q - Henrique VII;

R - Carlos V;

S - Elizabeth I;

T - Guerra das Duas Rosas

A Revolução Francesa

As transformações econômicas, políticas e sociais dos séculos XVII e princípios do século XVIII se manifestaram no plano filosófico, num movimento de crítica ao Antigo Regime ( o Estado Absolutista e o Mercantilismo ). Este movimento é denominado Iluminismo.

O ILUMINISMO
Entre os precursores do Iluminismo temos René Descartes que mudou a concepção de mundo da época e defendeu a universalidade do racionalismo e Isaac Newton que provou que o universo é regido por leis.

Filósofos do Iluminismo
John Locke (1632/1704)- sua principal obra é Segundo tratado do governo civil. Locke é um defensor da tolerância religiosa e da liberdade política. Acreditava na liberdade e na propriedade como direitos naturais do homem e, para manutenção destes direitos, houve um contrato entre os homens, surgindo o governo e a sociedade civil. Os governos teriam que respeitar os direitos naturais e, caso não fizessem, os cidadão possuíam o direito de se rebelar contra o governo tirano. Esta idéia será uma verdadeira arma na luta contra o absolutismo monárquico.

O pensamento de Locke contribuiu para a Revolução Gloriosa e influenciou a elaboração da Constituição dos EUA de 1787.

Montesquieu (1689/1755)- autor de O espírito das leis, onde o pensador preconiza a separação dos poderes ( legislativo, executivo e judiciário), foi um crítico do absolutismo monárquico.

Voltaire (1694/1778) - severo crítico da igreja, seu pensamento é caracterizado pelo anticlericalismo. Defensor dos direitos individuais. Defendia uma monarquia esclarecida, onde o governo seria baseado nas idéias dos filosofos. Escreveu Cartas inglesas.
Jean-Jacques Rousseau (1712/1778) - era crítico da propriedade privada e da burguesia. Para

Rousseau, o poder político repousava sobre o povo, que manifestava sua vontade mediante o voto.

Seu pensamento teve muita repercursão entre as camadas populares e a pequena burguesia. Serviu de bandeira para a Revolução Francesa. Sua principal obra é O Contrato social.
Jean d'Alembert (1717/1783) e Denis Diderot (1713/1784) - foram os organizadores da Enciclopédia, um resumo do pensamento iluminista, publicada entre 1751 e 1752. Nesta imensa obra há uma valorização da razão e da verdade atividade científica. Reafirmava a concepção de governo como sendo fruto de um contrato entre governantes e governados.

PENSAMENTO ECONÔMICO DO ILUMINISMO

O pensamento econômico do Iluminismo estava centrado na questão da liberdade econômica, desenvolvendo-se duas escolas: os fisiocratas e os liberais. as duas escolas criticavam o mercantilismo e o pacto colonial, atendendo os interesses da burguesia.

Os fisiocratas- criticavam as práticas mercantilistas e propunham
o fim da intervenção do Estado nos assuntos econômicos. Segundo os fisiocratas a economia funcionaria seguindo suas próprias leis. Afirmavam que a fonte de riqueza era a terra. O lema dos fisiocratas era "Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même" ( "Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si mesmo").

Os principais nomes desta escola foram: Quesnay, Turgot e Gournay.
Os liberais-assim como os fisiocratas criticavam as práticas mercantilistas, porém, ao contrário deles, os liberais consideravam o trabalho como a principal fonte de riquezas.

Defendiam a concorrência, a divisão do trabalho e o livre comércio. O principal teórico desta ecola foi Adam Smith, que sistematizou o pensamento liberal na obra A riqueza das nações. As idéias liberais são conhecidas como liberalismo econômico e constituem as premissas básicas do capitalismo liberal.

CONSEQÜÊNCIAS DO ILUMINISMO

O Iluminismo criticava o absolutismo, o mercantilismo, a intolerância religiosa e afirmava que os homens são iguais, perante a Natureza. Assim, a desigualdade entre os homens é fruto da sociedade. Para que haja uma sociedade justa é necessário a igualdade entre os homens e a liberdade de expressão.

As idéias iluministas teve intensa repercussão em toda a Europa­influenciou sobremaneira na Revolução Francesa. Na América, o Iluminismo inspirou a independência dos EUA e contribuíram para que os Estados absolutistas da Europa patrocinassem reformas políticas.

Essa política de reforma foi denominada despotismo esclarecido, caracterizada por projetos de modernizações e pela racionalização da administração. Os principais déspotas esclarecidos foram José II , da Áustria; Catarina II, da Rússia; Frederico II, da Prússia e o marquês de Pombal, ministro de José I, rei de Portugal.

A Revolução Francesa

A exemplo do que ocorreu na Inglaterra, no final do século XVIII, o absolutismo constituía um enorme obstáculo para o pleno desenvolvimento da burguesia francesa. A Revolução Francesa foi um reflexo da luta da burguesia pelo poder político.
No entanto, o processo da Revolução Francesa não é um movimento isolado. Ele está inserido num conjunto de revoluções que questionavam o absolutismo, sendo um movimento que assolou toda a Europa e a América.

Sendo assim, a Revolução carrega o termo "Francesa" pois eclodiu na França- por uma série de fatores -no entanto as suas propostas eram universais.
"Os burgueses franceses de 1789 afirmavam que a libertação da burguesia era a emancipação de toda a humanidade" ( Karl Marx e Friedrich Engels ).

AS CAUSAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA

A difusão das idéias iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade , que orientaram os revolucionários franceses na luta contra o absolutismo e a desigualdade social.
Políticas-o despotismo dos Bourbons. Enquanto a maioria das nações européias, sob a influência do Iluminismo, procuravam se modernizar, o estado francês continuava arraigado no absolutismo monárquico. Na França do século XVIII, o poder do rei ainda era considerado como de origem divina.

Econômicas-a França encontrava-se em uma grave crise econômica, em virtude das péssimas colheitas e na falta de alimentos. Os aumentos de preços provocam a fome e acentuam a miséria dos camponeses. Além da crise econômica, o Estado Francês passava por uma gravíssima crise financeira, graças ao envolvimento da França na guerra dos Sete Anos ( 1756/1763) e na guerra de independência dos Estados Unidos- que acarretaram enormes gastos, ampliando a dívida do Estado. Para solucionar este quadro o Estado precisava aumentar sua arrecadação, o que implicava em um aumento dos impostos.

Sociais - a questão tributária na França vai gerar uma grave crise política, em virtude da organização da sociedade francesa nesta época.

A sociedade francesa era estamental, apresentando três ordens. O clero que estava isento de qualquer tributação; a nobreza, além da isenção tributária era possuidora de privilégios judiciários. A terceira ordem era bastante heterogênea: era composta pela alta burguesia (banqueiros, industriais e comerciantes), média burguesia (funcionários públicos e profissionais liberais ) e baixa burguesia ( os pequenos comerciantes); também as chamadas camadas populares ( artesãos, operários, camponeses e servos).

Os homens das camadas urbanas das cidades eram apelidados de sans-culottes ( usavam calças compridas em vez dos calções aristocráticos).

O terceiro Estado era a ordem que sustentava os gastos e os luxos do Estado francês.
Para ampliar a arrecadação tributária, o Estado convoca a Assembléia dos Notáveis, composta pelo clero e pela nobreza, convocando estas ordens a pagarem impostos. Diante da recusa destes, o rei Luís XVI convocou os Estados Gerais, assembléia que reunia representantes dos três Estados.

No entanto, o sistema de votação dos Estados Gerais era em ordens separadas. Assim, ficava garantida a supremacia do clero e da nobreza ( somavam dois votos ) contra um voto do Terceiro Estado.

Contra este método tradicional de votação, os representantes do Terceiro Estado passam a exigir o voto individual ( o Primeiro Estado tinha 291 deputados, o Segundo 270 e o Terceiro 578). O Terceiro Estado esperava o apoio dos deputados do baixo clero e da nobreza togada, para conquistar a maioria.

Diante do impasse político, o Terceiro Estado rebela-se e a 9 de julho de 1789 , com a ajuda de deputados do baixo clero, declara-se em Assembléia Nacional Constituinte - começa a Revolução Francesa.

AS ETAPAS DA REVOLUÇÃO Assembléia Nacional ( 1789/1792)

Fase em que ocorreu a tomada da Bastilha ( 14/07/1789), um prisão que representava o absolutismo francês. É o marco da revolução.

Os camponeses, por seu lado, rebelaram-se contra os senhores: invasão das propriedades, queima de documentos de servidão, assassinatos. Tal reação é conhecida como o Grande Medo. Os camponeses reivindicavam o fim dos privilégios feudais e terras.

Em agosto de 1791 foi aprovada uma lei que abolia os privilégios feudais. No mesmo mês, no dia 26, a Assembléia aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão -um síntese da concepção burguesa da sociedade: liberdade, igualdade, inviolabilidade da propriedade privada, bem como o direito a resistir à opressão.

Em setembro de 1791, foi promulgada uma nova Constituição, que diminuía os poderes reais, e transferia o poder de decretar leis ao Parlamento. O direito ao voto foi restringido também, em virtude de seu caráter censitário.

Pela Constituição os privilégios feudais foram extintos, garantindo­se a igualdade civil, os bens da igreja foram nacionalizados; o clero transformado numa instituição civil e sustentado pelo Estado.

Nesta fase desenvolveu-se os seguintes grupos políticos:
-os girondinos: representantes da alta burguesia;
-os jacobinos: representantes da pequena burguesia e com influência nas camadas populares (sans-culottes)

O processo revolucionário francês não foi bem visto pelos regimes absolutistas da Europa. A reação foi imediata: intervenção militar na França para sufocar a revolução. O exército francês era sistematicamente derrotado. Em 25 de julho de 1792, Robespierre acusou o rei de traição. Em 09 de agosto o rei, Luís XVI, foi preso. A Assembléia convocou novas eleições para uma nova Convenção Nacional.

Convenção Nacional ( 1792/1795) Período do Terror.

O rei foi condenado à morte por traição, criação do Tribunal de Salvação Pública- para julgamento dos inimigos; foi decretado o fim da monarquia e proclamada a República.
Uma nova Constituição foi elaborada, sendo considerada a mais democrática de toda a Europa, instituindo o voto universal, tornou a educação livre e obrigatória.

Neste período, onde a liderança era exercida por Robespierre, foi imposto o Édito Máximo, ou seja, o tabelamento dos preços máximos ­procurando beneficiar as camadas populares. Foi abolida a escravidão nas colônias, gerando a independência do Haiti.

Representando a pequena burguesia, Robespierre incentivou a pequena propriedade no campo e diminuiu a influência da Igreja na sociedade francesa.
Porém, o radicalismo de Robespierre contribuiu para o isolamento de seu governo -a perseguição aos líderes populares e a intervenção nas atividades econômicas, contribuíram para o sucesso da reação conservadora.

No dia 9 Termidor ( a Convenção realizou uma reforma no calendário ), os jacobinos foram considerados fora da lei, sendo seus líderes presos e guilhotinados ( Robespierre e Saint-Just ). Acabava-se assim a fase do Terror e iniciava-se uma nova, e ultima fase: O Diretório.
Diretório ( 1795/1799)

Com o golpe de 9 Termidor ( a Reação Termidoriana), os girondinos ocupam o poder. Uma nova Constituição é organizada e o Poder Executivo passa a ser exercido por um Diretório, formado por cinco membros eleitos por um período de cinco anos.

Período de caráter anti-revolucionário, onde a escravidão nas colônias foi restaurada, o Édito do Máximo foi suprimido e os jacobinos perseguidos ( o Terror Branco ).
O Diretório enfrentava forte oposição de monarquistas e de republicanos radicais. Em maio de 1796, um jacobino de nome Graco Babeuf liderou uma revolta, a Conjura dos Iguais, reprimida por Napoleão Bonaparte.

A França continuava em guerra, contra a Áustria, Prússia, Inglaterra, Espanha e Holanda. Foi neste cenário que se destacou o general Napoleão Bonaparte. Este comandou uma ofensiva contra a Itália dominando a região do Piemonte.

Em 1797 a Áustria foi derrotada. Napoleão conquistou o Egito ­possessão inglesa - e planejava conquistar a Índia ( para enfraquecer a Inglaterra ).

As guerras aumentavam a inflação, gerando revoltas populares. Aproveitando seu enorme prestígio popular, Napoleão Bonaparte, após o boato de um golpe de Estado planejado pelo jacobinos, depõe o Diretório ocupa o poder- episódio conhecido como18 Brumário. É o fim do período revolucionário e o início da consolidação das conquistas burguesas.

EXERCÍCIOS

1) (UEMT) -A Declaração de Direitos, imposta a Guilherme de Orange após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, estabeleceu, entre outros pontos, que:

a) a autoridade do monarca sobrepõe-se à do Parlamento
b) a origem divina da Monarquia concede-lhe privilégios
c) o poder da lei é superior ao poder do monarca
d) o Parlamento legisla por delegação especial do rei
e) a vontade do rei é lei, independentemente do Parlamento.

2)(VUNESP) O "Ato de Navegação" de 1651 teve importância e conseqüências consideráveis na história da Inglaterra porque:
a) favoreceu a Holanda, que obtinha grandes lucros com o comércio inglês
b) contribuiu para aumentar o poder e favorecer a supremacia
marítima inglesa no mundo
c) Oliver Cromwell dissolveu o Parlamento e se tornou ditador
d) Considerava o trabalho como a verdadeira fonte de riquezas;
e) Abolia todas as práticas protecionistas.

3) Sobre o despotismo esclarecido, é correto afirmar que:
a) foi um fenômeno comum a todas as monarquias européias, tendo por característica a utilização dos princípios do Iluminismo;
b) os déspotas esclarecidos foram responsáveis pela sustentação e difusão das idéias iluministas elaboradas pelos filósofos da época;
c) foi uma tentativa bem-intencionada, embora fracassada, das monarquias européias no sentido de reformar estruturalmente seus estados;
d) foram os burgueses europeus que convenceram os reis a adotar o programa de modernização proposto pelos filósofos iluministas;
e) foi uma tentativa, mais ou menos bem-sucedida, de algumas monarquias reformarem, sem alterá-las, as estruturas vigentes.

4)(CESGRANRIO) - assinale a alternativa INCORRETA: Ao criticar o mercantilismo, os fisiocratas visavam:
a) eliminar a intervenção do estado na vida econômica;
b) abolir os monopólios e privilégios;
c) permitir a livre circulação monetária;
d) desenvolver as colônias;
e) dar ênfase à agricultura como principal setor da atividade econômica.

5) (MACK) Sobre as Revolução Francesa, é incorreto afirmar que:
a) os dois clubes mais importantes foram o Clube dos Cordeliers e o Clube dos Jacobinos;
b) ela representou uma ruptura estrutural, pois a burguesia, até então marginalizada em relação ao poder político, sublevou-se, tornando senhora do Estado;
c) a convocação dos Estado Gerais foi uma demonstração da força econômica do Antigo Regime; d) a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão foi a síntese da concepção burguesa da sociedade;
e) a Bastilha, antiga prisão do Estado, foi tomada de assalto por artesãos, operários, pequenos comerciantes, lavadeiras e costureiras.

6) (UFMG) -O Grande Medo de 1789 foi um dramático acontecimento histórico, ocorrido no interior da Revolução Francesa. Todas as alternativas contêm afirmações corretas sobre o Grande Medo, exceto:
a) Fez parte de uma conjuntura marcada por numerosas agitações e insurreições urbanas e rurais;
b) Foi provocado pelo receio, entre os revolucionários e o povo em geral, de um complô das hordas inimigas da Revolução e do povo;
c) Foi uma das fases da revolução camponesa que, durante os primeiros anos da Revolução Francesa, impulsionou e conduziu a revolução burguesa;
d) Foi um acontecimento fundamentado em reações coletivas de medo e pânico da população diante da divulgação de boatos;
e) Gerou fugas, mas também, medidas preventivas, tais como ataques à propriedades aristocráticas e a decisão de armar a população para

Exercício 1: (UDESC 2008)

Alguns historiadores analisam que a Revolução Francesa (1789) comportou duas revoluções , ocorridas paralelamente: a burguesa e a camponesa. Assinale a alternativa incorreta, a respeito de algumas das questões que justificariam essa análise sobre a Revolução Francesa.

A)

As agitações e turbulências provocadas pela penúria aumentaram a desordem e contribuíram para que o tempo da colheita – que sempre fora motivo de preocupação – se tornasse tempo de perigo, naquele momento histórico.

B)

No antigo regime o desemprego e a carestia dos víveres agravaram a mendicância no campo, a partir de 1788, o que contribuiu para as chamadas revoltas da fome , que deram corpo à revolução burguesa em curso.

C)

A expressão Grande Medo de 1789 refere-se a um conjunto de revoltas camponesas que marcaram a entrada dos camponeses na cena revolucionária.

D)

A Revolução Francesa foi a revolução das luzes (burguesa e aristocrática), que ocorreu totalmente separada da revolução popular: esta, um simples episódio no período.

E)

O conflito entre o Terceiro Estado e a aristocracia, sustentado pelo poder real, contribuiu fortemente para dar às chamadas revoltas da fome um caráter social.


Exercício 2: (UFMS 2010)

“[...] pode não ter sido um fenômeno isolado, mas foi muito mais fundamental do que outros fenômenos contemporâneos, e suas consequências foram, portanto, mais profundas. Em primeiro lugar ela se deu no mais populoso e poderoso Estado da Europa (não considerando a Rússia). Em 1789, cerca de um em cada cinco europeus era francês. Em segundo lugar, ela foi, diferentemente de todas as revoluções que a precederam e a seguiram, uma revolução social de massa, e incomensuravelmente mais radical do que qualquer levante comparável. [...] Em terceiro lugar, entre todas as revoluções [...] foi a única ecumênica. Seus exércitos partiram para revolucionar o mundo; suas idéias de fato o revolucionaram.”
(HOBSBAWM, Eric J. – A Era das Revoluções. 4ª edição. RJ: Paz e Terra, 1982, p. 72).

A respeito do evento revolucionário tratado no texto, assinale a(s) afirmativa(s) correta(s).

1)

A enorme influência internacional dessa revolução está relacionada ao fato de ela ter sido a primeira experiência bem sucedida de coletivização das terras, de estatização dos meios de produção e de estabilização política por meio da implantação de um regime de partido único.

2)

Com a revolução, e inspirados na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, os camponeses e as classes populares francesas viram reconhecidas as suas principais reivindicações como, por exemplo, a partilha da terra.

4)

Inspirada nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, essa revolução pôs fim aos entraves que representavam, para o desenvolvimento econômico da burguesia, a estrutura de propriedade e os direitos da aristocracia do Antigo Regime.

8)

A condução do processo revolucionário pelos membros da alta burguesia, após 1794 com o chamado “golpe do Termidor”, assegurou lhes a efetivação do projeto político mais moderado de sua classe, em detrimento do projeto político radical dos representantes da pequena burguesia e das camadas populares.

16)

Dentre as ideias que revolucionaram o mundo, resultantes dessa revolução, podem ser arroladas a implantação de um tipo de codificação legal atualmente seguida por metade dos sistemas legais do mundo, o surgimento de Estados nacionais territoriais estruturados no modelo trazido ao mundo contemporâneo por ela, além do uso de um sistema métrico que ela criou e propagou.


Exercício 3: (UFPB 2009)

A Revolução Francesa teve numerosos desdobramentos, possibilitando transformações políticas no Estado e na sociedade em vários países. Considerando os impactos sociais e políticos da Revolução Francesa, identifique as afirmativas corretas:

1)

O fim do Absolutismo e a instauração de Monarquias e Repúblicas constitucionais, especialmente na Europa.

2)

O fim da propriedade privada, como resultado direto dos ideais inscritos na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de clara inspiração socialista.

4)

Uma base político-ideológica, a partir do jacobinismo, para os modernos movimentos de origem popular de contestação à ordem burguesa.

8)

O fim da servidão e a afirmação da igualdade jurídica entre todos os cidadãos, independente da sua origem social.

16)

O fortalecimento do domínio ideológico da Igreja, especialmente sobre o ensino, e a consolidação da sua hegemonia nas questões de Estado.

 

enfrentar os inimigos.